terça-feira, 24 de julho de 2012

São Paulo ganha 12 mil salões de cabeleireiro

Tudo isso em apenas um ano. Em 2012, já foram abertas 4.454 empresas ligadas ao setor de cabeleireiros

O setor de beleza não para de crescer no país. Em 2011, a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos movimentou 
R$ 30 bilhões, um crescimento de 12,8%, em relação aos números registrados no ano anterior, segundo dados da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Parte desse lucro deve-se à expansão dos salões de cabeleireiro na cidade.
De acordo com a Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), em 2011 foram registrados 11,9 mil salões de cabeleireiros na capital, um aumento de 137% em relação a 2010, quando foram constituídas 5.015 empresas do segmento. Somente no primeiro semestre de 2012, já foram abertas 4.454 empresas ligadas ao setor de cabeleireiros no município de São Paulo. Dessas, 99,6% são micro e pequenas empresas.
“Abre-se muito salão na cidade, mas o número dos que fecham ainda é alto. As pessoas acham que é fácil manter um negócio desses, mas é preciso ter preparo”, diz Marcos Tadeu Meciano, presidente do Sindibeleza (sindicato dos institutos de beleza de SP).
Meciano, porém, é otimista e estima um crescimento de 8% no setor. “A renda aumentou e os hábitos mudaram. Hoje, a mulher se arruma mais, mesmo na periferia. Até os homens passaram a frequentar salões”, diz.
Para tudo dar certo, no entanto, é preciso investir não só em equipamentos e em um bom ponto comercial, mas em cursos para aprender a administrar o negócio e na especialização dos profissionais. O mercado da beleza se modernizou e é preciso acompanhar as novidades, as tendências.
No primeiro trimestre deste ano, o Instituto Embelleze matriculou mais de 50 mil alunos no país nos cursos de cabeleireiro, manicure, depilação e maquiagem. A previsão é de que, até o final do ano, 200 mil profissionais consigam o diploma.
Boca a boca ainda é a melhor propaganda
Em janeiro, Deny Rovaron decidiu investir em um salão no bairro de Perdizes, na Zona Oeste. Somando a reforma do ponto e os gastos com compra de equipamentos e materiais, o investimento foi de R$ 120 mil. “Só agora o salão está começando a se pagar, mas ainda falta parte do aluguel. Acho que ainda vou levar mais três meses para ficar equilibrado”, conta Deny. O retorno total do investimento, no entanto, ele espera para daqui dois anos. “O mercado é bom para quem sabe administrar o negócio”, diz o empresário, que emprega quatro funcionários.
Há três anos, o casal Michelle Rosa e Welington Ortega mantém um salão em Osasco, na Grande São Paulo, com sete funcionários. Na época, Welington investiu R$ 40 mil. “Em um ano tive o retorno”, conta.
Nesse tempo o casal já fidelizou a clientela. “O segredo é fazer um bom trabalho, com qualidade. A melhor propaganda para um salão ainda é a boca a boca. O cliente que sai satisfeito volta e indica para os amigos”, ensina Welington. Com menos tempo no mercado, Deny já aprendeu essa lição.
Escrito por CAROL ROCHA
Para www.redebomdia.com.br

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