terça-feira, 17 de julho de 2012

Pesquisador cria cosméticos com veneno e cachaça no interior de SP


Creme com veneno de abelhas promete agir como um 'botox natural'.


Elas ajudam na agricultura, fabricam o mel, vivem em colônias e são mais de 20 mil espécies conhecidas. No mercado da beleza, as abelhas são mais que simples insetos e passaram a produzir uma matéria prima que está aquecendo o setor de cosméticos.  O assunto é destaque da reportagem desta terça-feira (17) da série "Mercado de Beleza", produzida pela TV Tem.
Apesar de parecer estranho, o uso de veneno de abelha tem sido algo bem comum entre as celebridades para se livrar de uma vez por todas das insistentes rugas e marcas de expressão. Tudo começou quando Kate Middleton e Camilla Parker Bowles, ambas da Família Real inglesa, revelaram que eram usuárias da substância no rosto. Desde então, os produtos à base de veneno se tornaram conhecidos e cada vez mais usados.
Em uma fábrica de Tatuí (SP), região de Itapetininga (SP), o veneno da abelha, após processos, vira um creme que pode rejuvenescer a pele. Os insetos não são mortos no processo de extração. Eles encostam-se a uma lâmina de vidro que refém o veneno. Em seguida, ela é levada para um laboratório. Com uma espátula, tudo que ficou grudado é solto e armazenado.
Cada porção de veneno é pesada em uma balança e misturada com outros ingredientes à base de óleos e ceras. Depois de descansar por 24 horas, tudo é despejado em uma máquina. São separados 30 gramas em cada pote de creme, o equivalente ao veneno de 500 abelhas. O produto foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O pesquisador Ciro Protta chama o creme de "botox natural". "O que sobra do veneno, até ele chegar à corrente sanguínea, o organismo entende que ele tem que reagir. Então ele cria colágeno naturalmente, uma substância que o corpo pára de produzir com o avanço da idade e o veneno ativa", comenta o pesquisador.
Os estudos começaram em 1980, quando o empresário desenvolveu um equipamento de extração do veneno da abelha. Em seguida, fez pesquisa em quatro universidades e trabalhou por oito anos em vários apiários do país.
E não só as abelhas inspiram a produção de cosméticos no interior de São Paulo. Das lavouras de cana aos alambiques, a cachaça é também artigo de exportação e agora está indo para os vidros de perfume. a intenção é conquistar o olfato dos franceses. "Meu objetivo é vender o perfume na França. É uma concorrência grande, mas é um lançamento mundial e exclusivo", confirma Protta.
Fonte:





Nenhum comentário:

Postar um comentário