quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cosméticos serão promovidos nas lojas de Dubai

Os Emirados foram selecionados entre os mercados foco do programa Beautycare Brazil, que promove exportações do setor. Os pontos de venda da região terão demonstração e distribuição de produtos.
Isaura Daniel


São Paulo – Os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos brasileiros terão promoção em pontos de venda dos Emirados Árabes Unidos. Essa é uma das novidades entre as ações previstas no Programa Beautycare Brazil para os próximos dois anos e voltadas para a região. O projeto tem como foco incentivar as exportações de empresas do segmento e é promovido pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), que renovaram a parceria para o período 2012-2014 nesta quarta-feira (27), em São Paulo.


O programa prevê uma série de ações para mercados definidos como foco, e entre eles novamente está o país árabe. Os demais são Angola, Colômbia, Estados Unidos, Peru e Portugal. Os Emirados figuram entre as prioridades desde 2004. Para o novo período, as empresas que integram o Beautycare Brazil vão participar da próxima edição da feira Beautyworld Middle East, em Dubai, e haverá também missões de prospecção no emirado.


Nesta edição será a primeira vez, no entanto, que serão feitas ações promocionais de demonstração de produtos e distribuição de amostras no varejo, de acordo com a diretora de Comércio Exterior da Abihpec, Silvana Gomes. Ainda não há data definida para a iniciativa, mas qualquer uma das 25 companhias que fazem parte do projeto podem se candidatar e farão a promoção se atenderem uma série de critérios. É importante, porém, ter uma boa distribuição na região para fazer esse tipo de ação, alerta Gomes. 


A missão de prospecção nos Emirados será uma parceria do projeto Beautycare Brazil com a Central Exportaminas, programa de incentivo às exportações do estado de Minas Gerais, informa. Ela incluirá também Egito e Arábia Saudita, de acordo com Gomes, apesar destes destinos não estarem entre os principais focos do projeto. Há outras ações que incluem todos os mercados alvos – e, portanto, também os Emirados –, como qualificação das empresas com dicas sobre questões regulatórias de cada país e checagem da preparação das indústrias para o mercado internacional, um processo que leva 12 meses.


De acordo com Gomes, os Emirados seguem entre as prioridades do Beautycare Brazil porque são um mercado em crescimento para o setor. “Nunca houve queda nas venda para o Oriente Médio. Mesmo em período de crise as exportações ficaram apenas estagnadas e agora já estão em crescimento novamente”, afirma a diretora de Comércio Exterior da Abihpec. As exportações das empresas que integram o programa renderam US$ 132 milhões em 2011, com crescimento de 20% sobre o ano anterior, acima do avanço do setor como um todo, que foi de 8,7% no período e alcançou US$ 754 milhões.


A renovação do convênio foi assinada pelo diretor de Negócios da Apex, Rogério Bellini, e pelo presidente da Abihpec, João Carlos Basilio. Antes da cerimônia, que aconteceu no Hotel Tivoli, foi realizado o seminário “Exportar é Inovar”, que tem como objetivo esclarecer empresários sobre as ações da Apex. Bellini contou, na oportunidade, sobre a estratégia de promoção comercial da agência que inclui desde capacitação para exportação, até realização de seminários com informações sobre particularidades de cada mercado e capacitação de entidades setoriais. No ano passado foram capacitadas 3,5 mil empresa, realizados dez seminários e treinados 150 profissionais de associações.


Diante dos empresários do setor de cosméticos, Basilio ressaltou os avanços do setor, que faturou US$ 43 bilhões no ano passado, e conseguiu ajudar a formar um grande mercado consumidor no Brasil. O País é atualmente o terceiro maior mercado de cosméticos do mundo. “De cada cinco desodorantes comercializados no mundo, um é no Brasil”, conta o presidente da Abihpec. A criação de embalagens mais baratas foi decisiva para isso, segundo ele. “Se não tivermos um mercado interno forte, não teremos competitividade para exportar nossos produtos”, afirmou ele. A cada cinco anos 60% do portfólio da indústria é renovado, segundo o executivo.


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